A morte mesmo sendo algo inevitável, onde todos nós temos a certeza de experimentá-la um dia, é algo muito difícil de aceitarmos, pois morrer significa perder e a perda causa angústia, dor e sofrimento.
Ao nos depararmos com a notícia da morte de alguém que gostamos nos sentimos impotentes, fracassados e vencidos. E não é fácil lidar com isso, o processo do luto nos leva a ter sentimento de vazio , incompletude e desesperança.
Mas como explicar esses sentimentos com pessoas que não temos nenhuma aproximação?
Somos seres sociáveis, e nos relacionamos através da identificação e com isso estamos sempre praticando a empatia e por isso sofremos, nos entristecemos quando essas pessoas partem, mesmo sem termos contato.
As mortes de Mamonas Assassinas, Gabriel Diniz e Marília Mendonça, trazem características que são essenciais na nossa vida, a jovialidade e a alegria. Eles passavam esses sentimentos para nós e com isso nos sentimos ligados, pertencentes a eles, assim como nos colocamos como juízes dizendo tão jovem, um futuro inteiro pela frente como se a morte fosse mais fácil de ser aceita quando acontece com pessoas idosas.
Tudo isso significa nossos vazios, nossas faltas , nossos medos, nossas inseguranças.
Quando alguém querido morre, sempre morre com ela algo de nós.
Por isso a importância de viver hoje, porque esse é o nosso presente.
Elizangela Silva
Pedagoga
Pós graduada em Educação Inclusiva
Mestre em Ciência da Educação
Psicanalista Clínica
Mestranda em Psicanálise